Introdução aos Sistemas de Tratamento de Esgoto
Com o acelerado aumento da população, os sistemas tratamento de esgoto surgiram para lidar com as problemáticas do aumento da geração de esgoto, principalmente em situações onde os municípios não possuíam estrutura suficiente para gerir este efluente gerado.
Devido ao aumento da geração de esgoto e ao baixo nível de tratamento, começaram a surgir diversos surtos de doenças e condições insalubres decorrentes do lançamento desses efluentes a céu aberto. Sendo assim, a primeira ação tomada foi a de afastar esse esgoto da comunidade geradora, porém, a preocupação com seu tratamento veio muito tempo depois.
Dessa forma, foram desenvolvidas diversas soluções e suas abordagens distintas em termos de coleta e tratamento, envolvendo diferenças significativas quanto à sua implantação, operação, complexidade e custos. Estes sistemas de tratamentos exercem um papel fundamental quanto ao saneamento. As principais soluções são: os sistemas centralizado e descentralizado, que serão apresentados a seguir.
Sistemas de Tratamento Centralizado
Também conhecidos como convencionais, esses sistemas contemplam um conjunto de equipamentos subdivididos em unidades destinadas a coletar, transportar, reunir, tratar e dispor no ambiente os efluentes residenciais, comerciais e industriais. A coleta do efluente ocorre por meio de tubulações que recebem contribuições divididas por sub-bacias. A Estação de Tratamento de Efluente (ETE) pode apresentar diversas características, dependendo da natureza do tratamento, volume e características das águas residuárias da cidade.
A gestão centralizada é muito utilizada em países desenvolvidos ou subdesenvolvidos para o tratamento de grande volume de águas residuárias e industriais, em regiões com alta densidade populacional e/ou elevado nível de urbanização. Pelo fato de receber um alto volume de esgoto, esse tipo de sistema envolve grandes instalações, exige técnicas avançadas de tratamento, grandes áreas para instalações e redes de tubulações, assim como altos investimentos financeiros para implantação e manutenção. Normalmente, esse tipo de sistema é administrado pelo poder público.
Os processos de tratamento de esgoto nesse cenário geralmente envolvem sistemas mecanizados que demandam alto custo de implantação e manutenção, além da geração de lodo decorrente do processo, o qual também precisa de tratamento específico, encarecendo ainda mais o sistema. Os processos mais utilizados no sistema centralizado são: lodos ativados, lagoas aeradas e lagoas de decantação.
Sistemas de Tratamento Descentralizado Individual
Como alternativa para suprir as necessidades sanitárias da população que reside em áreas mais afastadas dos centros urbanos e/ou que não possuem infraestrutura pública, surgem os sistemas descentralizados de tratamento de esgoto. Estes sistemas buscam também manter as fontes de abastecimento de água seguras, reduzindo a incidência de doenças e contaminações por meio da ingestão de água contaminada.
Um dos aspectos mais marcantes dos sistemas descentralizados é a sustentabilidade. Por ser uma opção de baixo custo e que causa menor impacto ambiental devido à necessidade de infraestrutura e instalações de tubulações reduzidas, estes sistemas vêm ganhando cada vez mais espaço.
Destacam-se como exemplos de processos de tratamento de sistemas descentralizados individuais: fossa séptica, vala de infiltração e biodigestores.
Sistemas de Tratamento Descentralizado Coletivo
Devido ao processo acelerado de expansão urbana, as novas habitações (exemplos: condomínios, loteamentos) estão sendo construídas cada vez mais longe dos centros urbanos. Nesses locais, muitas vezes, não existe estrutura para coletar o esgoto e direcioná-lo até as Estações de Tratamento de Efluentes centralizadas (quando existentes). A solução mais viável é tratar o esgoto dessas habitações “in loco”. Esse conceito também se aplica às Estações de Tratamento de Água.
De modo geral, os sistemas descentralizados realizam a coleta, tratamento e disposição final (ou reuso) do efluente em locais próximos à sua geração. Desta forma, os sistemas descentralizados coletivos são utilizados para atender as necessidades de condomínios residenciais, loteamentos, prédios comerciais, entre outros.
Os sistemas descentralizados vêm ganhando cada vez mais espaço por apresentarem diversos benefícios, como menor necessidade de recursos financeiros para implantação e manutenção, contribuição com a sustentabilidade, e oportunidade de reuso do efluente tratado, entre outros. As vantagens abrangem aspectos sociais, econômicos, ambientais e operacionais.
Vantagens dos Sistemas Descentralizados
- Aspectos Sociais:
- Contribuição para a melhoria da saúde da população local.
- Geração de emprego e renda.
- Possibilidade de produção de alimentos, contribuindo para a segurança alimentar.
- Adaptabilidade a costumes e culturas locais.
- Possibilidade de composição do paisagismo local.
- Aspectos Econômicos:
- Baixo custo de instalação e menor consumo de energia.
- Geração de subprodutos com potencial de geração de renda (alimentos, biogás, plantas ornamentais).
- Economia em adubos quando utilizado o esgoto tratado na agricultura.
- Aspectos Ambientais:
- Possibilidade de implantação de sistemas compactos.
- Baixa utilização de insumos e energia na construção e operação.
- Redução da poluição do solo e corpos hídricos locais.
- Melhoria nas condições ecológicas locais.
- Promoção do reuso do efluente tratado e de nutrientes localmente.
- Aspectos Operacionais:
- Boa flexibilização operacional.
- Possibilidade de ampliação ao longo do tempo.
- Baixo consumo de materiais e energia.
- Não requer mão-de-obra especializada.
- Pouco influenciados por desastres naturais.
Conclusão: Escolhendo o Sistema Adequado
Os sistemas de tratamento de esgoto são essenciais para manter a saúde pública e a qualidade ambiental. A escolha entre sistemas centralizados e descentralizados depende das características específicas de cada local, das necessidades da população e dos recursos disponíveis. A REVIVA oferece soluções personalizadas e assessoria técnica para identificar o sistema mais adequado para cada situação. Entre em contato para mais informações e suporte técnico especializado. Para garantir que seu sistema de tratamento de efluentes esteja sempre dentro das normas e funcione eficientemente, é importante contar com uma equipe especializada. A REVIVA oferece soluções completas e personalizadas para suas necessidades. Fale conosco para discutir como podemos ajudar.
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